Apreensão é a maior registrada na história policial brasileira

O juiz federal Luciano Tertuliano da Silva, da 1ª Vara Federal de Naviraí (MS), determinou a prisão preventiva de um homem que transportava 28 toneladas de maconha que eram levadas de Ponta Porã (MS) para a cidade de São Leopoldo (RS). A droga estava escondida em uma carreta carregada com milho a granel. A operação, realizada pela Polícia Federal de Ponta Porã e a delegacia da PRF de Dourados, representou a maior apreensão individual de droga da história policial brasileira. 

Segundo apuração da PF e PRF, a droga, vinda do Paraguai, não foi identificada pelas autoridades paraguaias, que tinha suspendido ações de repressão à droga que costumam ocorrer entre março e abril, meses da safra de maconha, em função das medidas de contenção ao novo coronavírus. Agora, os traficantes estariam tentando escoar a maconha produzida lá para o Brasil. 

Apesar de o motorista ser réu primário, a Justiça Federal decidiu pela prisão preventiva para assegurar a instrução criminal, garantir a manutenção da ordem pública e, ainda, possibilitar a aplicação da lei penal, tendo em vista a possível integração com organização criminosa à luz, principalmente, do alto valor de mercado da substância em função da vultosa quantidade, do modo de operação semelhante a outros casos dessa natureza e da participação de terceiros. E afastou ainda a possibilidade de liberdade provisória em razão da pandemia de Covid-19, já que o fato não autoriza a revisão automática da segregação cautelar, além de o réu não pertencer a grupo de risco.