A utilização da Inteligência Artificial Generativa no Poder Judiciário foi pauta da abertura de seminário promovido pela Ajufe, com apoio do Grupo FarmaBrasil, que começou nessa quarta-feira (23/10). O evento debate o papel do Judiciário no contexto da regulação, propriedade intelectual e da concorrência na economia brasileira.
Durante a palestra magna que abriu a programação, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, falou sobre os riscos do uso da inteligência artificial, mas também destacou os benefícios provocados pela utilização da ferramenta em todo o mundo.
Ao fazer um retrato histórico da evolução tecnológica, o presidente da Suprema Corte avaliou o impacto das plataformas digitais no Judiciário. “A inteligência artificial não vai substituir os juízes, mas vai modificar. Quem não utilizar a ia vai ficar para trás. Não vai dar para sobreviver sem o auxílio da ferramenta”, afirmou o ministro Luís Roberto Barroso.
Na linha da aplicação da IA no Poder Judiciário, o juiz federal e referência na utilização do ChatGPT na prestação jurisdicional, George Marmelstein, também falou como as ferramentas auxiliam, na prática, o trabalho da justiça. “Eu usando a inteligência artificial, me torno mais inteligente que eu mesmo. E vale lembrar que ela deve ser utilizada como auxiliar na elaboração de conceitos, argumentos, princípios, mas nunca para escrita de fatos ou busca”, alertou.
O Seminário ocorre até esta quinta-feira (24/10) e trará, no segundo dia debates, os reflexos da ADI 5529 na concessão de patentes de medicamentos, propriedade intelectual e regulação, seguidos por discussões a respeito da propriedade industrial e sham litigation.