Ajufe inicia o III Seminário Mulheres no Sistema de Justiça

     

    Na noite dessa segunda-feira (1), a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) realizou a terceira edição do "Seminário Mulheres no Sistema de Justiça - Trajetórias e Desafios", no auditório do Conselho da Justiça Federal (CJF), em Brasília. A diretora social da Ajufe, Aline Miranda, representou a entidade na ocasião.

    A cerimônia de abertura contou com a participação da conselheira do CNJ, Maria Tereza Uille Gomes, do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Sebastião Reis Júnior, da secretária-geral da Escola Nacional Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), Cíntia Brunetta, da coordenadora da Comissão AJUFE Mulheres e do 3º Seminário, Gabriela Azevedo Campos Sales, representando a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), juíza do trabalho Luciana Conforti, representando a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), juíza de direito Patrícia Cunha Paz e a vice-presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef), Isabella Karen Araújo Simões.

    "Tratar de relações de gênero é falar sobre justiça e reconhecimento. Justiça no espaço doméstico, no âmbito do trabalho e na esfera pública em geral. Falar disso é se fazer ouvir e participar desses espaços", destacou a coordenadora da Comissão Ajufe Mulheres, Gabriela Azevedo, durante a abertura do Seminário.

    "Quando se põe em xeque a credibilidade da juíza ou da defensora pública ou da promotora, em última análise se está colocando em xeque a própria Justiça enquanto poder", afirmou Aline Miranda, diretora da Ajufe.

    Palestra inaugural

    A professora Flávia Biroli, professora associada do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), fez a palestra "Poder Judiciário, mulheres e democracia". O tema principal da exposição da docente teve foco na divisão sexual do trabalho, extrapolando a seara do Poder Judiciário, em uma apresentação sobre a situação da mulher na sociedade brasileira. Para a professora, discutir as questões de divisão do trabalho ao se pensar nos pontos diferenciados entre mulheres e homens nas sociedades é algo que deve ser feito corriqueiramente.

    "No que diz respeito à formação jurídica, as mulheres representam 53% nos cursos de graduação de Direito no País, o que mostra o acesso ampliado das mulheres ao ensino superior e em carreiras anterior amplamente ocupada por figuras masculinas, e isso se deu devido aos padrões atuais das situações conjugais, de afeto, e de parentalidade", finalizou Biroli.

    Lançamento do livro "Conhecendo as Juízas Federais"

    Após a realização da abertura do 3º Seminário Mulheres no Sistema de Justiça, a Comissão AJUFE Mulheres lançou o livro "Conhecendo as Juízas Federais", obra que compilou as entrevistas feitas até aqui para o projeto homônimo da Ajufe. Baixe o e-book: http://bit.ly/2HQFpwx

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