Nesta segunda-feira (30), o presidente da Ajufe, Eduardo André Brandão, participou do encerramento do “Webinário fome, segurança alimentar, nutrição e agricultura sustentável”, realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), transmitido pelo canal da OAB no Youtube (https://bit.ly/38oDx9k).
Para o magistrado, a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) deve se preocupar principalmente com a informalidade que atinge a população brasileira, problema esse que aumenta os casos de fome entre os brasileiros. “Nós precisamos enfrentar a nossa desigualdade social, a pandemia veio nos mostrar o quão a informalidade faz mal a nós, o quanto ela nos atrapalha, e isso tem que ser encarado de uma forma muito séria. Não tem como a gente evitar mais esse debate quanto à questão da desigualdade, da fome, isso precisa urgentemente ser enfrentado. A pandemia veio exigindo de nós uma união que o Brasil não estava pronto para ter, pelo contrário, a gente parece cada vez mais desunidos, encarando uma situação muito ruim nesse momento”, destacou Brandão.
E continuou: “a gente vê nas grandes cidades a quantidade de pessoas morando nas ruas, cada vez maior, sem qualquer expectativa de melhora. Não basta apenas a proteção ao meio ambiente, que além de importante é urgente e essencial, porém nós devemos combater a fome encontrando uma maneira de formalizar a nossa sociedade. O Brasil precisa enfrentar a informalidade de uma forma séria”.
Brandão ainda lembrou da necessidade em se identificar prioridades, tanto na iniciativa privada como na pública, para tentar desenvolver o cumprimento dos objetivos da Agenda 2030. “O país precisa cumprir a Agenda, não só com eficácia positiva, mas também evitando que as grandes desigualdades no Brasil continuem ocorrendo. Nós precisamos trabalhar de uma forma efetiva no combate à fome, ao desemprego, o respeito ao meio ambiente, algo essencial para nós da Ajufe, no sentido de conseguirmos o desenvolvimento na sociedade como um todo e não de forma desordenada como temos hoje”.
Outro ponto destacado foi do trabalho da Justiça Federal voltado para o meio ambiente, com a busca por alternativas elétricas mais baratas e sustentáveis. “A Ajufe percebe uma necessidade de uma melhor adequação dos espaços do serviço público. Por exemplo, sempre debatemos a questão da substituição da energia elétrica por outras opções de energias, como a fotovoltaica, para que nós consigamos reduzir custos, reduzir gastos, dando o bom exemplo”.
Participaram durante o dia de debates, parlamentares, embaixadores, professores, economistas, cientistas políticos, engenheiros, juristas, e representantes da ONU. O evento faz parte da implementação de ações relacionadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).