A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 10 de março como "Dia Internacional da Mulher Juíza", durante a 15ª Conferência Bianual da Associação Internacional de Mulheres Juízas, realizada em março de 2021.
Há o entendimento de que apesar do aumento da participação feminina na vida pública, as mulheres continuam significativamente sub-representadas em posições de decisão. Na realidade, um número relativamente pequeno de mulheres fez, ou faz parte, do judiciário, particularmente no que diz respeito a posições de lideranças.
A data tem como objetivo chamar a atenção para a necessidade de aumentar a participação feminina, de forma plena e igualitária, em todos os níveis do Poder Judiciário. Uma maior representatividade feminina propicia uma maior representação dos cidadãos dentro dos tribunais, tornando esses espaços mais sensíveis aos anseios e demandas da população, além de promover julgamentos mais consistentes.
Segundo a ONU, a presença feminina nos espaços dos tribunais envia um forte sinal de que a Justiça está aberta e acessível àqueles que recorram ao Judiciário. A entrada de mulheres juízas em territórios aos quais historicamente foram excluídas é um passo importante em direção a um Judiciário mais transparente, igualitário, inclusivo e representativo das pessoas as quais as vidas ele afeta.
A Ajufe, por meio da Comissão Ajufe Mulheres, tem buscado o diálogo e políticas que possibilitem o maior envolvimento das mulheres na vida pública. Uma pesquisa da Associação, realizada em conjunto com a Universidade de Oxford (Inglaterra), apresenta dados sobre a participação feminina dentro das cortes constitucionais no mundo, além de apontar as principais tendências sobre a diversidade na composição das supremas cortes nas democracias americanas e europeias nos últimos 21 anos.
Acesse a pesquisa: https://bit.ly/3HPvMc0