Tiveram início, nessa segunda-feira (19/9), as comemorações do cinquentenário da Associação dos Juízes Federais do Brasil. A celebração começou com a abertura do seminário, realizado no Conselho da Justiça Federal (CJF), em Brasília (DF). O presidente da Ajufe, Nelson Alves, compôs a mesa de abertura ao lado do presidente da República em exercício e presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, da presidente e do vice-presidente do STJ e do CJF, ministra Maria Thereza de Assis Moura e ministro Og Fernandes, respectivamente, e do vice-presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski.
Ao iniciar a solenidade, o presidente da Ajufe falou sobre a importância da celebração. “Tenho certeza que todos os esforços foram feitos para que esse evento represente a história do cinquentenário da Ajufe. Que os próximos 50 anos sejam de muito êxito e representatividade para o Brasil”, destacou Nelson Alves.
Defesa da magistratura - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu a magistratura e suas prerrogativas para que a carreira seja valorizada. “Algo que não podemos permitir que aconteça no Brasil é o aviltamento da função de magistrados, membros do MP (…). É enganoso o discurso que coloca membros do Poder Judiciário como castas privilegiadas, que devem ter suas prerrogativas repelidas ou suprimidas”, avaliou.
Pacheco ainda falou sobre a importância e confiabilidade da Justiça Eleitoral. “Nós temos uma justiça especializada em nosso país extremamente capacitada. E a engrenagem da Justiça Eleitoral, que não é só o TSE, são os TREs, são os juízes eleitorais Brasil afora, são os servidores que se dedicam ao longo do tempo para tratar desse tema específico das eleições. E, repito, sobre quem nós brasileiros devemos depositar nossa confiança porque é uma justiça confiável”, finalizou.
A presidente do STJ e do CJF, ministra Maria Thereza de Assis Moura destacou o papel da Ajufe ao longo dos anos e sua representatividade no cenário nacional. “Dentro desse período, inúmeras ações são dignas de nota como a sua participação na Assembleia Nacional Constituinte em que diversas propostas por ela formuladas foram acatadas. Esse papel desempenhado foi de grande importância e foi guiado por um nobre objetivo da Ajufe que é o de pugnar pelo fortalecimento do Poder Judiciário e de seus integrantes, pelo aperfeiçoamento do Estado Democrático de Direito e pela plena observância dos Direitos Humanos”, avaliou.
O diretor jurídico da Caixa, Gryecos Loureiro, também esteve presente na solenidade e reforçou a importância institucional da Associação. “A Ajufe, ao mesmo tempo em que permite que demandas afetas ao Judiciário sejam impessoais, se personifica enquanto instituição e é capaz de, com qualidade, com inteligência, com sabedoria e com muita eficiência levar todas as demandas, os anseios e capacitações que são necessárias e referentes típicas do papel de uma associação organizada e consolidada como é a Ajufe em sua trajetória”, afirmou.
Também compuseram a mesa de honra o ministro do STJ, Benedito Gonçalves, a presidente do TRF6, Mônica Sifuentes, o presidente da TRF4, Ricardo Teixeira do Valle, e o presidente do TRF5, Edilson Nobre.
Palestra Magna - O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Mário da Silva Velloso, foi o convidado para proferir a palestra-magna de abertura do evento, sob a mediação do ex-presidente da Ajufe, Vilson Darós. Durante a exposição, ele relembrou a trajetória da Justiça Federal e sua história com a Ajufe e a magistratura.
“55 anos se passaram da criação e instalação da Justiça Federal de primeira instância e 50 anos da criação da Ajufe, confundindo-se a história desta com a história da Justiça Federal. Valendo homenagear o pugilo de homens e mulheres que fixaram o norte da nossa associação com vista à independência do Judiciário e respeito às prerrogativas da magistratura”, finalizou o ministro.