A promotora de justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Luciana Ásper y Valdes, abriu o último dia do 7º Fórum Nacional dos Juízes Federais Criminais nesta quinta-feira (27), falando sobre o combate à corrupção. Luciana, que também coordena a Ação 6 na Enccla (Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro), trouxe luz às estratégias para prevenção primária da corrupção.
Na visão da promotora, existem três os passos para tratar a corrupção, que devem ser integrados e inovadores. O primeiro, denominado UTI, é de responsabilidade do sistema de justiça, que deve reprimir e prover a recuperação de ativos. O segundo, ambulatório, que compreende governança, gestão de riscos, controle interno, externo e social. E o terceiro, chamado de vacina, que corresponde à prevenção primária para ativar o freio moral contra a corrupção.
"O caminho de combate à corrupção se dá através de reformas legais e institucionais, inovação, diálogo e partilha das tecnologias de informação e ferramentas de investigação entre órgãos de controle. É preciso conhecer o inimigo e evitar sobreposição de esforços", afirma Luciana Ásper.
Ao fim da palestra, os magistrados federais que participam do VII FONACRIM reuniram-se em cinco grupos para discutirem novas propostas de enunciados e recomendações para a Justiça Criminal brasileira.