Justiça Federal barra deportação de indígenas venezuelanos no norte do país

    A Justiça Federal em Roraima deferiu pedido de tutela provisória ajuizada pela Defensoria Pública da União e pelo Ministério Público Federal e determinou a suspensão de atos de deportação, repatriação ou outra medida compulsória dos indígenas venezuelanos acolhidos pela Força Tarefa Humanitária (Operação Acolhida) em Roraima e no Amazonas.

    Na decisão, o juiz federal Felipe Bouzada Flores Viana, ainda declarou a nulidade das deportações de seis migrantes, que foram autorizados a reingressarem no país. E também determinou à União que se abstenha de ingressar em abrigos de acolhimento, e realizar rondas ostensivas, barreiras de fiscalização ou de controle voltados a intimidar os migrantes atendidos.

    A crise migratória - Desde o início da pandemia de Covid-19, o estado de Roraima é um dos mais afetados com a migração de pessoas sem documentos. Ao chegar ao Brasil, elas se concentram na cidade de Pacaraima (RR) ou se deslocam para Boa Vista (RR) e Manaus (AM), dentre outros destinos.

    Com a atuação das forças de segurança, os migrantes foram impedidos de se apresentar à Operação Acolhida para buscarem os serviços humanitários de abrigo. Na visão do MPF, a medida visa a, de forma indireta, esvaziar as atividades humanitárias desenvolvidas pelo Governo Federal em prol das vítimas da crise venezuelana.

    O juiz federal Felipe Bouzada também fixou multa de R$ 10.000,00 para cada nova deportação em desconformidade com a decisão. E de R$ 50.000,00 em caso de descumprimento do retorno dos seis migrantes citados no processo. E, ainda, multa de R$ 100.000,00 por cada invasão em abrigo de migrantes em situação de vulnerabilidade.

    Veja a decisão: https://bit.ly/3wJ9Bjx

    Tags:
    Dúvidas, sugestões ou mais informações?

    Fale Conosco

    Dúvidas, sugestões ou mais informações? Entre em contato com a Ajufe. Queremos melhorar cada vez mais a qualidade dos serviços prestados.

    Os campos com asterísco (*) são de preenchimento obrigatório.
    4 + 3 = ?

    Ajufe.org.br

    A Ajufe utiliza cookies com funções técnicas específicas.

    Nós armazenamos, temporariamente, dados para melhorar a sua experiência de navegação. Nenhuma informação pessoal é armazenada ou capturada de forma definitiva pela Ajufe. Você pode decidir se deseja permitir os cookies ou não, mas é necessário frisar que ao rejeitá-los, o visitante poderá não conseguir utilizar todas as funcionalidades do Portal Ajufe. Enfatiza-se, ainda, que em nenhum momento cria-se qualquer tipo de identificador individual dos usuários do site. Para demandas relacionadas a Tratamento de Dados pela Ajufe, entre em contato com privacidade@ajufe.org.br.