Com a presença de ministros do STJ, magistrados, juristas e familiares, os ex-presidentes da Associação dos Juízes Federais do Brasil, Roberto Veloso e Fernando Mendes, descerraram seus respectivos retratos na Galeria dos Presidentes da Ajufe, em Brasília, nesta quarta-feira (23).
Roberto Veloso esteve à frente da Associação de junho de 2016 a junho de 2018 e Fernando Mendes entre os anos de 2018 e 2020.
O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, homenageou os magistrados lembrando da importância do papel de um presidente de uma associação. “Tenho plena consciência da relevância das associações de classe, não apenas como defensoras diretas dos interesses dos associados, mas principalmente pela sua contribuição para o fortalecimento da equidade. E quando se trata de uma associação de magistrados tenho a firme convicção do que mais do que a promoção e defesa dos interesses da classe dos magistrados federais, sua atuação se faz em prol da população, do jurisdicionado e da cidadania do nosso País”, elogiou Martins.
O ministro Reynaldo da Fonseca, do STJ, lembrou, em seus 30 anos em vida associativa, a importância da memória e a história de uma associação como a Ajufe. “Esse momento ele é significativo porque ele faz lembrar de Norberto Bobbio que diz 'Somos aquilo que lembramos' e nada melhor que olhar para o passado e olhar a construção da Magistratura Federal brasileira dentro do Poder Judiciário como um todo. E aí não posso deixar de lembrar do trabalho incessante das associações-irmãs que aqui se fazem presente – do Ministério Público, da Magistratura e de todos os atores do Direito, da OAB – que juntos pudemos efetivamente construir o Estado Democrático de Direito que temos hoje”, finalizou.
Ao discursar, o atual presidente da Ajufe, Eduardo André Brandão, também rendeu homenagens aos ex-presidentes e lembrou do trabalho associativo realizado com ambos. “Roberto carvalho veloso e Fernando Marcelo mendes, com quem eu tive a honra de trabalhar como, com o Veloso, vice-presidente da 2ª Região, com o Fernando, como primeiro secretário, e, em nome da Ajufe, eu queria agradecer a todos os presentes, especialmente aos nossos dois ex-presidentes. A Ajufe se constrói a cada gestão, a cada trabalho, a cada desafio.”, afirmou Brandão.
Em discurso emocionado, Veloso agradeceu as homenagens e enalteceu o trabalho das instituições do Poder Judiciário, dos diretores e da equipe que fizeram parte de sua gestão. “Durante dois anos eu entrei por essa porta da frente com a obrigação de me dirigir à Ajufe. Então, isso é muito emocionante pra mim. E eu queria, também, agradecer, aos membros da Diretoria. Eu não poderia deixar de fazer esse agradecimento porque nós não fazemos nada sozinhos. Não é um presidente que comanda a associação. A associação é composta por todo um rol de pessoas, são aquelas pessoas que se juntam para que a associação consiga os seus objetivos”, frisou o ex-presidente.
Já, Mendes, que deixou recentemente a magistratura federal para voltar ao trabalho advocatício, falou sobre os caminhos que a vida faz, trabalhando como diretor da Ajufe desde a gestão de Nino Toldo, até esse novo momento de sua vida. “A vida, às vezes, abre estradas, e hoje acabo recebendo essa homenagem, mas na condição de um ex-juiz federal. Não era uma coisa que estava programada na minha vida – até o começo do ano, eu jamais tinha pensado em sair da magistratura – mas às vezes as circunstâncias, as estradas se abrem, e a gente tem que que avaliar novos caminhos, mas no sentido de continuar produzindo bem, de ter aquela motivação, que a Justiça sempre me deu, mas que agora, de volta à advocacia também sinto, sem perder essa história que eu tenho na Justiça Federal, os amigos que a gente fez, as amizades que a gente construiu, não só na Justiça Federal mas em toda a magistratura”, frisou Mendes.
Além de membros da diretoria do período 2016-2020, estiveram presentes na cerimônia, atuais diretores da Ajufe, conselheiros do CNJ, representantes da magistratura e do Ministério Público, e ex-presidentes da Ajufe.