Encerramento do V Seminário Mulheres destaca ações do CNJ na promoção da diversidade e roda de conversa com a parteira Dona Prazeres

    O V Seminário Mulheres no Sistema de Justiça: Desafios e Trajetórias, que ocorreu nos dias 11 e 12 de maio no Tribunal Regional Federal da 5a Região, no Recife (PE), encerrou com uma roda de conversa sobre o curta metragem "Simbiose", de Julia Morim, e o Museu da Parteira, com a parteira Dona Prazeres e a professora da UFPE, Elaine Muller, sob mediação da vice-presidente da Ajufe da 5a Região, Polyana Falcão.

    Na oportunidade, os participantes do seminário puderam assistir ao curta metragem e se emocionar com a atuação de Dona Prazeres que auxiliou em mais de cinco mil partos. A professora Elaine Muller falou sobre o processo de construção e idealização do Museu da Parteira, do qual faz parte. “Esse processo de inventário despertou um processo criativo porque Dona Prazeres e outras parteiras começaram a ter muitas ideias e a gente foi abraçando as ideias delas às histórias”.

    “Fiquei muito feliz com essa conversa com Dona Prazeres que compartilhou e trazer um pouco da vivência dessa mulher que traz a vida por suas mãos ao mundo e que, tão de perto, vive esse ato da maternidade que propicia a essas mulheres trazerem seus filhos no seu tempo”, destacou a mediadora do painel, a juíza federal Polyana Falcão.

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    Ações do CNJ na promoção da diversidade - Antes da roda de conversa, o debate "O CNJ e as ações para a diversidade no Poder Judiciário" encerrou a programação de painéis do evento. A vice-presidente da Ajufe da 6a Região, Mara Lina do Carmo, mediou a conversa que contou com a participação da conselheira do CNJ, Salise Sanchotene, da juíza federal Raffaella Cássia de Sousa e da juíza do trabalho Adriana Melonio.

    No início do painel, a juíza federal Mara Lina do Carmo falou sobre a urgência de diversificar os espaços de poder. “É urgente a implementação de políticas públicas que propiciem a diversidade no Judiciário que atualmente tem sido visto como um espaço de poder destinado a homens brancos. Isso exige práticas e ações que, efetivamente, gerem uma real representatividade de gênero e raça”.

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    A conselheira do Conselho Nacional de Justiça, Salise Sanchotene, destacou o trabalho desenvolvido pelo CNJ no tocante às ações para diversidade no Poder Judiciário. “A equidade de gênero continua sendo um grande desafio para nós no Poder Judiciário, tanto pela natureza da temática no âmbito interno e no âmbito externo”.

    Nesse viés, a juíza federal Raffaella Cássia de Sousa destacou pesquisa do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Gênero, Direitos Humanos e Acesso à Justiça, da ENFAM, sobre a participação de magistradas no CNJ. “As nossas conclusões foram a baixa representatividade feminina que reflete também no CNJ e, para as mulheres, existem ainda critérios adicionais para que elas integrem a Corte”.

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    Durante a fala, a juíza do trabalho Adriana Melonio falou sobre a necessidade da igualdade racial no Poder Judiciário e os desafios frente a esse tema. “A gente precisa de um Judiciário que reflita quem nós somos. Nós somos 56% do país. A gente precisa de mais juiz preto e, inclusive, precisamos de uma juíza preta no STF”.

    O V Seminário Mulheres, realizado pela Ajufe Mulheres, comissão instituída pela Ajufe, debateu, entre outros temas, a diversidade no Poder Judiciário, participação feminina na política e o combate à misoginia.

    Assista aos dois últimos painéis: https://youtube.com/live/U1F-tIx2n3I

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